No Brasil,
o Airsoft começou a ser divulgado em 2003 pelo Portal Airsoft Brasil.
Após diversas reuniões com a Diretoria de Fiscalização de Produtos
Controlados, o airsoft passou a ser conhecido pelo Órgão do Governo
Brasileiro que regula os produtos considerados controlados no país. Esta
reunião deu início a elaboração de diversas minutas que resultaram na
edição da atual Portaria que oficialmente cita o nome airsoft no Brasil. Sendo assim em Dezembro de 2007, foi lançada a PORTARIA Nº 006-D LOG,
que regulamenta o uso dos equipamentos usadas na prática do esporte
airsoft.
Em fevereiro de 2010, o exército publicou então a Portaria 002 Co-Log,
que revogou a portaria anterior e passou a exigir que as armas de
pressão de airsoft tenham a extremidade pintada de laranja ou vermelho vivo para diferenciá-las das armas de fogo.
Graças a portaria e ao aparecimento de lojas nacionais a comunidade dos
jogadores está cada vez mais ativa e crescente, o esporte tem sido mais
divulgado e já conta atualmente com centenas de jogadores.
O Airsoft têm se tornado também importante ferramente de adestramento
de tiro a baixo custo e alto realismo a forças militares e policiais.
Tecnicamente, no Brasil, armas de airsoft são classificadas pelo
Exército como "armas de pressão" sejam elas por ação de mola ou ação de
gás. A aquisição das armas pode ser feita por pessoa maior de 18 anos em
lojas autorizadas pelo Exército. Para armas a gás exige-se,
adicionalmente, um registro adicional do comprador perante o Exército,
chamado de "CR" (certificado de registro). Portanto, no Brasil não é corrento chamar as armas de Airsoft de simulacros nem de marcadores, posto que simulacros não têm capacidade de tiro, e marcadores não possui definição legal em lei.
A comunidade de jogadores é bastante ativa a grande maioria dos
grupos exige que o jogador apresente nota fiscal de loja devidamente
autorizada pelo Exército para poder jogar, inibindo assim o descaminho e
importação ilegal de tais armas, prática que tornou possível o
desenvolvimento sadio da modalidade, com a presença no País de diversas
lojas regularizada para a venda de armas de Airsoft e insumos para os
jogadores. Em praticamente uma década de atividades não se tem notícia
de nenhum acidente mais grave entre jogadores no Brasil, sendo que a
única recomendação obrigatória é o uso de óculos de proteção, embora
alguns jogadores prefiram também usar máscaras para proteger toda a
face.
A velocidade do disparo varia, tipicamente, de 200 até 600fps (pés
por segundo), sendo que no Brasil é aplicado, comumente, o limite de
400fps com munição 0.20g. Os disparos nesta velocidade podem ser
sentidos pelos jogadores mas não causam maiores danos. A dor é
equivalente a um "beliscão", tipicamente menor que outras modalidades,
como o também popular Paintball. As esferas plásticas não possuem tinta
em seu interior, sendo que a atividade é balizada pelo sistema de HONRA,
sendo que cada jogador é responsável por se acusar quando atingido. Tal
sistema tem funcionado muito bem no Brasil, especialmente devido ao
fato de que somente maiores de idade participam dos jogos.
O usuário pode, alternativamente a aquisição no mercado nacional,
importar seu próprio equipamento. Para tanto deve providenciar uma
licença no Exército (CII), que custa R$ 35,00 e demora entre 1 a 3 meses
para ser deferida. Sem tal autorização a importação é ilegal, impedindo
o jogador de participar dos jogos e, adicionalmente, podendo causar
problemas legais como a retenção e destruição do equipamento, além de
processo administrativo perante o Exército e também processo judicial
caso ocorra o descaminho (não pagamento de tributos). Maiores
informações sobre a licença de importação podem ser obtidas no site do
Exército, www.dfpc.eb.mil.br
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